Vários produtores compraram a própria colhedora depois de testarem a colheita com maquinário alugado
O aluguel de máquinas, sobretudo de colhedoras, tem se mostrado uma opção interessante para quem não tem maquinário próprio. Além disso, produtores que possuem colhedora obtêm renda extra alugando-a. O produtor Costa diz que decidiu investir em colhedora própria depois de "experimentar" a mecanização com equipamentos alugados.
"Vi que valia a pena. Pesquisei o modelo mais adequado para o plantio adensado e escolhi um modelo compacto, ideal para a minha área." Segundo Costa, a possibilidade do aluguel ajudou na decisão pela mecanização da lavoura. "O aluguel custou, no último ano, R$
Em Franca (SP), embora a colheita comece só em junho, as reservas para o aluguel de máquinas começam a ser feitas este mês. "A procura começa em fevereiro, pois a colheita dura só três meses", diz o cafeicultor Geraldo Nascimento Júnior, de Itirapuã (SP). Dono de uma colhedora automotriz desde 2002, ele passou de locatário a locador. "Logo que comprei a máquina já houve demanda para alugá-la."
Serviço completo
Nascimento Jr. possui 120 hectares de café (a lavoura é quase 100% mecanizada), e aluga a colhedora, a cada safra, para dez cafeicultores. Fornece também transporte, operador, combustível e manutenção do equipamento. "Com o aluguel, a colhedora também não fica ociosa", diz o produtor, que, no ano passado, cobrou R$ 200/hora o aluguel. A colhedora, que vale entre R$ 400 mil e R$ 450 mil, conforme o proprietário, colhe
Para que o aluguel seja compensador, o primeiro critério a ser considerado é a distância entre as fazendas, diz o produtor José Balsanufo de Paula, de Jeriquara (SP), que colhe com maquinário alugado de um produtor vizinho há sete anos. Com área de
Outra dica é, ao contratar o serviço de aluguel, elaborar um contrato, com a definição de preço, data de início e prazo de execução do trabalho. "Lembrando que os prestadores, em geral, trabalham no mínimo 15 horas/dia, o que corresponde a um volume médio diário de café colhido de 54 mil litros, a serem recebidos nos terreiros e secadores. É preciso se programar", diz o professor Fábio Moreira da Silva, da Universidade Federal de Lavras (Ufla-MG).
O pesquisador do Instituto Agronômico (IAC-Apta), Cláudio Alves Moreira, diz que a alternativa é interessante, mas alerta para o fato de o serviço remunerar o dono da máquina por horas trabalhadas ou volume colhido, "já que a máquina não pode operar em alta velocidade ou com excessiva energia de vibração das hastes derriçadoras. Isso prejudica o cafeeiro para a próxima safra", diz.
Fonte:http://www.estadao.com.br/suplementos/not_sup336875,0.htm