Rental - A solução está no circo ou na internet?

Revista Visocopy  & Você

Fevereiro 2007

 

Ao contrario do que os pessimistas de plantão apregoam, o mercado de rental ainda tem muita lenha para queimar. Basta apenas saber trabalhá-lo, com idéias inovadoras que incrementem seu desempenho.

 

Certo pessimismo ou conformismo se abate sobre o mercado de rental há algum tempo. Para você, isso é falso ou verdadeiro?

A realidade, na prática, é que ninguém está satisfeito com os resultados. As perspectivas de crescimento são compartilhadas por poucos e muitos reclamam. Temas como pirataria, redução nas locações, inadimplência e maior oferta de filmes (entre outros) são usados para justificar o mau desempenho da categoria. Diante desse cenário, temos que refletir sobre o que pode ser feito para romper com o status quo e provocar uma mudança significativa na situação atual. Não adianta ficar repetindo receitas ou ações para resolver os problemas a curto prazo, como ficar esperando que não faça sol ou mesmo culpar o varejo.

A principal questão deve enfrentada: o que vamos fazer diferente para produzir uma real mudança no desenvolvimento e crescimento desse mercado?

Recentemente fui assistir ao Cirque du Soleil e deixei o espetáculo me perguntando: como um circo pode ser um fenômeno de publico e lucro num setor claramente decadente como a indústria circense?

Estudando a história do Cirque du Soleil , podemos observar que, para sobreviver num mercado em extinção , eles trabalharam muito ( e bem ) três pontos: reinventaram o negócio do circo, acreditaram na capacidade de inovar e mantiveram o foco em uma estratégia clara e bem definida.

Nos Estados Unidos, o rental mostra sinais de que existe uma solução. A Netflix, por exemplo, fatura, por ano, US$ 682,2 milhões alugando filmes pela Internet.

A única certeza é que devemos desenvolver uma estratégia inovadora, executá-la com rapidez, a custo baixo, e trabalharmos muito para reinventar o rental no Brasil. Precisamos entender que vários formatos de entretenimento á disposição do consumidor irão existir, e o rental, para participar dessa disputa, precisa mudar e ser uma opção de valor competitivo.

Ficar parado e aceitar o velho como solução não pode ser a nossa postura.

Quem aceita o desafio de vender e alugar mais?

Otimismo pessoal! O rental não vai acabar... Vamos reinventá-lo!

 

 

Paulo Assunção

Gerente Nacional de vendas

Fox Filmes do Brasil